Gustavo Beckenkamp, Genoildo Fragatta, Dr. Diogo Boos e Dr. Ricardo Matzenauer Filho, voluntários do movimento Paz Novo Hamburgo…
Jantar com amigos do movimento Paz Novo Hamburgo onde procuramos melhorar a segurança da cidade através do comprometimento da sociedade em busca de soluções.
Brasil: mude-o ou deixe-o!
Na década de setenta os militares tinham o slogan: Brasil, ame-o ou deixo-o!
Qual o slogan adequado para os dias de hoje? Vemos muitos jovens e mesmo pessoas e profissionais com carreira feita no Brasil, optando por buscar outros países para fixar residência definitiva. O que faz com que tantos brasileiros tomem esta decisão tão radical, deixando familiares, irmãos, pais, avós e amigos para aventurar em terras distantes?
Talvez a resposta seja desesperança! Também na década de 70 um famoso ecologista gaúcho (José Lutzenberger) escreveu o “Manifesto Ecológico: O Fim Do Futuro”. Nele, este corajoso cidadão alertava sobre os riscos que a sociedade consumista jogava para as gerações futuras, de reduzir a biodiversidade e tornar o planeta insustentável. Para muitos era um louco. Hoje a agenda do aquecimento global já impactou até o Vaticano e Casa Branca.
No Brasil a desesperança pode ser traduzida também na frase: o Fim do Futuro. Até pouco tempo tínhamos acesso a estatísticas de violência via rádio, jornais e outros meios de comunicação. Hoje ela tem cara, nome próprio, alma. Ela é relatada e vivenciada pelos teus vizinhos, teus filhos, teus colegas de trabalho. Violência que não tem mais hora nem lugar, pode ser na porta de escola, do Shopping, na caminhada no parque, ao andar de bicicleta, ao sair do trabalho, ao pegar o ônibus. Desde simples furtos a latrocínio. Com arma de fogo ou facas. Com reação ou sem reação.
Qual o futuro de uma nação que tira o que de mais fundamental tem uma sociedade? As campanhas políticas são sempre alicerçadas no tripé: educação, saúde, segurança.
Todos estes pilares fazem parte das expectativas da população em geral. Qual deles pode ser considerado o alicerce para uma sociedade com valores sustentáveis? Se voltarmos aos primórdios das sociedades primitivas, veremos que a busca de alimentos e de segurança foram fundamentais para sua sobrevivência. De nada adianta termos sistemas de saúde e de educação se não tivermos segurança de podermos sair para a rua com a certeza de voltarmos!
Nossa democracia, estruturada em três poderes, parece esperar do executivo a solução para todos os problemas. Ledo engano. Os problemas estruturais tem origem na legislação que protege o criminoso em detrimento do cidadão de bem, que levanta cedo e volta tarde para trazer o pão de cada dia para casa.
Urge que a sociedade organizada pressione o legislativo e o judiciário para enfrentar as distorções que permitem funcionários públicos inativos vivam como marajás, recebendo valores de até R$ 70.000,00. As sociedades organizadas e que todos invejam ( tipo Noruega ) não permitem empilhar rendimentos advindos do poder público. Além disso, ao se aposentar, funções gratificadas acabam, pois não são mais exercidas. Juízes e outros servidores receberem auxílio moradia, apesar de terem vencimentos com valores muito acima de outras categorias, é imoral e insustentável. Que se mude a constituição em favor dos brasileiros e das futuras gerações, cortando as mordomias anacrônicas e direitos adquiridos que engessam a nação e apodrecem os seus alicerces.
O Executivo não pode tudo, tem que administrar com os recursos arrecadados, combater a corrupção, cortar CCs e privilégios, mas atacar a impunidade depende mais da mudança da legislação e da ação do judiciário do que qualquer outra iniciativa. Hoje a Polícia e a Brigada prendem e a justiça solta. Precisamos de recursos para construção de presídios-escolas em quantidade suficiente para combater a impunidade com eficiência.
Hoje a saúde e a educação que conquistamos a duras penas são roubadas pela violência e pela Impunidade. O valor fundamental de qualquer sociedade sustentável é a SEGURANÇA. Sem ela, todos os outros valores e conquistas se tornam efêmeros e ilusórios. Vamos pressionar todas as entidades organizadas da sociedade civil para que atuem sobre o legislativo e judiciário para evitar que o FIM DO FUTURO seja amanhã.
Alexandre Kranz
8135 8072